NOS BRAÇOS DA POESIA
MOTE
Nos braços da poesia
o abrigo, o afago,
a certeza do colo
na imagem do abandono.
Eurídice Hespanhol (Santa Maria Madalena – RJ)
GLOSA
Nos braços da poesia,
inúmeras pessoas, que há muito
esqueceram-se da importância
de preservar o meio ambiente, despertam.
A natureza, revoltada, deixa de ser
o abrigo, o afago;
espalha desgraças, a fim de remover
a névoa que cobre a alma da sociedade.
Famílias atingidas por desastres ambientais,
esperançosas, continuam tendo
a certeza do colo
de entidades dispostas a dar basta a esta realidade.
Frente ao que passaram e vivenciaram,
tornaram-se consolidarias,
o que as levou a pouco questionarem
na imagem do abandono.