O ATERRO

MOTE

Certa vez, o êxtase senti no sutil dos violinos,

no brilho dos saltos de ouro sobre o duro piso.

Agora vejo que o aconchego é a essência da poesia.

Ó, Deus, torna pequena a manta do céu carcomida pelos astros,

para que nela eu me envolva e assim durma confortável.

Thomas Ernest Hulme (Koksijde – Bélgica, Tradução de Pedro Lucas Rego e Kalew Nicholas)

 

GLOSA

Certa vez, o êxtase senti no sutil dos violinos,

Autoestima e respeito marcaram-me rastros

e desejo de registrar em melodias,

legados conquistados com ímpares diretrizes,

que me propiciaram e, aos meus, alegrias.

 

Ao entardecer, como fontes brilhantes,

no brilho dos saltos de ouro sobre o duro piso.

Amor e atenção foram importantes.

Na vida, aprendizados conquistei

e, nesta busca do eu, afetos expandi.

 

Foi-me enfatizado que empatia é uma dádiva,

Fé e bravura, tive em todos os instantes.

Agora, vejo que o aconchego é a essência da poesia.

Nela, sentimentos traduzem quereres e ações

que poderão ser ímpares e relevantes.

 

Em inúmeros momentos graciosos e exuberantes,

transpassei princípios e legados de meus familiares.

Interrogações povoam meus pensamentos e sonhos.

Ó, Deus, torna pequena a manta do céu carcomida pelos astros!

Para abrandar meus anseios, escrevi um poema.

 

Em meio a essa atividade, com intensa alegria,

pouco a pouco, nasceram projetos lúdicos,

que, sem dúvida, virão pautar novas criações.

Entre melódicas e líricas, quero uma especial,

para que nela eu me envolva e assim durma confortável.