Nada
Nada mais tão intenso,
Nada tão bonito ou sofrido.
Findou-se o romantismo,
Não há nem mesmo eufemismo.
Resta um vazio de sentimentos,
Uma escassez de palavras,
Um silêncio sombrio no tempo.
Não há inspiração nessa alma.
São feios esses tracejos,
Não te encanta, não te espanta,
E não te fará suspirar.
Nesses dias tão apáticos,
Busco incessante inspiração.
Talvez seja a falta da mesma
Que me trará motivação.
Há brilho nessa minúscula centelha
Que aqui se encontra?
Se há, que flua então versos lógicos
Ou insanos de meu coração.
Nesse vazio frívolo de sentimentos,
Me vejo em uma encharcada de palavras,
Que outrora não se mostrava.
Que equívoco o meu, achar que não encontraria
Inspiração no nada.