O MEU OLHAR
MOTE
Buscas o meu olhar, ó pomba de inocência!
Simplicidade! Teme a chama que fulgura
nos olhos da serpente, e antes que a sua escura
influência te absorva, escapa-lhe à persuasão.
Adam Mickiewicz (Polônia - Trad. de Guimarães Passos)
GLOSA
Buscas o meu olhar, ó pomba de inocência!
Acalenta meu coração que está magoado.
Tuas ações são tomadas de muita sapiência
e dos pequenos erros ninguém tem caçoado.
Respeito construí com ética e bons princípios.
Simplicidade! Teme a chama que fulgura
nos versos lançados em vários municípios
e que esplêndidos sentimentos transfigura.
Mediante ao caos, emergiu uma imagem obscura.
Verdade! Dores e tristezas pela vida
nos olhos da serpente, e antes que a sua escura
escolha te atormente, tende a ideia devida.
Numa tarde, perdido te achaste em tua andança,
entre o melancólico e o crítico, a emoção
em ti aflorada, gerou-te grande mudança;
influência te absorva, escapa-lhe à persuasão.