Até mesmo Deus divida
Desde os idos de Adão,
Quando Eva era costela,
A natureza era bela,
O céu espelhava o chão,
Não havia escravidão
Nem escassez de comida,
Uma frase foi carpida,
Por Herculano Duarte:
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
Quem gritar pega ladrão
Vai mexer num formigueiro,
E deixar o mundo inteiro
Numa grande comoção.
Floresta vira carvão,
Carcará vira comida,
E até bosta amolecida
Vai ser servida a la carte.
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
É tanta corrupção
E lavagem de dinheiro,
Que não se diz mais o cheiro,
Nem a marca do sabão.
E o mundo, na contramão,
Cheio de gente sabida,
Segue, de cabeça erguida,
A dizer por toda parte:
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
Nosso mundo em construção,
pelo grande arquiteto,
parece trocar o teto,
que dá abrigo à razão,
pela falsa proteção
da vil moral combalida,
que corrompe, e intimida,
e ratifica, dessarte:
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
Desde os idos de Adão,
Quando Eva era costela,
A natureza era bela,
O céu espelhava o chão,
Não havia escravidão
Nem escassez de comida,
Uma frase foi carpida,
Por Herculano Duarte:
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
Quem gritar pega ladrão
Vai mexer num formigueiro,
E deixar o mundo inteiro
Numa grande comoção.
Floresta vira carvão,
Carcará vira comida,
E até bosta amolecida
Vai ser servida a la carte.
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
É tanta corrupção
E lavagem de dinheiro,
Que não se diz mais o cheiro,
Nem a marca do sabão.
E o mundo, na contramão,
Cheio de gente sabida,
Segue, de cabeça erguida,
A dizer por toda parte:
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.
Nosso mundo em construção,
pelo grande arquiteto,
parece trocar o teto,
que dá abrigo à razão,
pela falsa proteção
da vil moral combalida,
que corrompe, e intimida,
e ratifica, dessarte:
O homem faz tanta arte,
Que até mesmo Deus duvida.