Sei que a humanidade chora A falta de humanidade

Quando eu vejo uma criança

Vivendo em ponta de rua

Faminta, drogada e nua

Num mundo sem esperança

Sem ter dos pais a lembrança

Fazendo perversidade

Sem ter nacionalidade

E com os ossos de fora

Sei que a humanidade chora

A falta de humanidade

Recife, 02 de junho de 1993