O poeta ri na corrida do rio.

Se o dia for nublado e frio, eu rio.

Se a dor é forte e não passa, eu rio.

Se a paixão não ter a ver, eu sigo e rio.

Se no meio do mês faltar verba, eu rio.

Se a ingratidão sobrevier, eu só, rio.

Se um amigo desavier, eu entendo e, rio.

Se a água do rio da vida turbar, eu rio.

E ao findar da vida no passar do rio.

Do outro lado lerei o escrito frio.

Ele sempre riu e riu até no exício.

E ao lado de Cristo que me guiou no rio.

Na graça do amor eu direi: eu ainda rio!

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 20/07/2019
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