Vida de avó e de avô.
Há um tempo de ser amante de viva emoção,
Onde querer fervilha e toma conta do coração.
Mas sendo tempo com o perenal tempo se vai.
Há um tempo, entretempo de ser mãe ou pai,
Tempo em que o si mesmo se perde se abstrai.
Mas sendo tempo com o perenal tempo se vai.
E há um tempo de ser avó ou avô. Ah tempo menino!
De novo menina ou menino num sorriso pequenino,
E esse tempo não é destempo e não se vai.
Pois mesmo que a idade madura grite; não és menino!
A vida se aviva no cantar do serradadô do riso fino.
Que a vida aviva, e não se perde porque um fui mãe ou pai.
(Molivars).