NO COVIL DOS LEÕES
“Alvaláxia 2018”
Quando brigam as comadres,
É muito triste a gente ver
Aparecem logo as verdades
Que ninguém gosta de saber.
Desconhecem-se as razões
Que fazem puxar dos sabres
Naquele covil dos leões
Quando brigam as comadres.
Parecem crianças mimadas
Por não terem o que queriam ter,
Zangam-se por entre jogadas,
É muito triste a gente ver.
Se ganham está tudo bem,
Há festejos e facilidades,
Se perdem, rugem como ninguém,
Aparecem logo as verdades.
Entre ficções mirabolantes
Apaixonam-se por crescer
Mas há podres preocupantes
Que ninguém gosta de saber.
O seu orgulho é por demais,
Abafa todas as emoções,
Achincalhando os rivais
Julgam-se logo campeões.
Mas, como em tudo na vida,
Quando há complicações,
Fica esfrangalhada a torcida
Naquele covil dos leões.
Anda o navio à deriva
Sem perspectiva e bitola
Pois seu comando s´ esquiva
Em dribles de falsa bola.
É difícil ser bons rapazes
Com estes comandos sem tino,
E os comandados incapazes
De tocar bem o violino…
Sai mascarada a verdade
Em casa onde não há razão
Pois há falta de hombridade
E excesso de confusão!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS