DESAFIO- Oitavao Rebatido

Duelo poetico entre Leonires e Tulio Ribeiro- no grupo Bancada do Cordel

modalidade em desafio - oitavão rebatido

Leonires

Cantador pra me aguentar

tem que ser muito sabido

Se não vou nele amontar

fazê-lo um jegue sofrido

Meto mesmo minha espora

no lombo que o cabra chora

fica sem saber da hora

no oitavão rebatido

Tulio Ribeiro

Seu verso evapora

Mesmo sem ter chuvido

Mas vou mandar embora

Esse cabra atrevido

Ele sempre quem erra

Não aguenta uma guerra

Não Vale o que o gato enterra

No oitavão rebatido

Leonires

Seu canto hoje se encerra

e vai ficar esquecido

comigo você se ferra

e fica todo doido

vou pegar o meu porrete

dar-lhe um mói de cacete

pra ficar sem gabinete

no oitavão rebatido

Tulio Ribeiro

Vou pegar no estilete

Vou cortar e bem moído

Quebra todo de cacete

Deixa de queixo caído

Diz que compôs um cordel

Com tinta pouca e papel

O que sina muito cruel

No oitavão rebatido

Leonires

Tu diz ser um menestrel

mas teu verso é desnutrido

A forca do meu cordel

vai deixar você parido

comigo nao tem perdao

quando pego um cidadão

dou pisa de cinturão

no oitavao rebatido

Tulio Ribeiro

O pobre do seu sermão

Ainda não foi esclarecido

Você é mesmo um bestão

Que vive até escondido

Sou astro nesse planeta

Deixe de ser um xereta

Sai da frente não se meta

No oitavão rebatido.

Leonires

Vou lhe deixar é perneta

com murro no pé douvido

vai ficar vendo os cometas

de tao tonto e esquecido

desnorteado sem rumo,

nunca mais vais ter aprumo;

comigo tu levas fumo

no oitavao rebatido.

Tulio Ribeiro

Vivo nesse lindo mundo

Mas não doido varrido

Com história de fumo

Não era pra ter bólido

Mas já que você fuma

Sua boca tem espuma

Tá com raiva assuma

No oitavão rebatido

Leonires

Deixe disso, e se assuma

não fique, assim, escondido

vista uma roupa com pluma

deixe de ser maluvido;

Saia logo deste armario

poetinha salafrário

pra nos fazer-te de otario

no oitavão rebatido.

Tulio Ribeiro

Tenho o meu salário

Ele tem muito servido

Não sou um ordinário

Que vem desprevenido

Cachorra da mão torta

Não bata na minha porta

Se deixo você é morta

No oitavão rebatido.

29-08-17

Leonires Di Olliveira, Leonires Di Olliveira e Tulio Ribeiro
Enviado por Leonires Di Olliveira em 29/08/2017
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