O poeta e o papel de pão.

Papel de pão que embrulhava o filão,

E o menino contante o levava com alegria.

Papel de pão que guardava pensamentos,

Que o poeta com a bic sem pensar escrevia.

Papel de pão era mais que um envólucro.

Era confidente fiel do poeta na puerícia.

Papel de pão já não existe nos tempos de agora.

Pois o plástico dominou a envolucraria.

E hoje o papel de pão já não envolve o filão.

Somente saudade a alma do poeta blandicia,

Nos antigos versos amor feitos com emoção

Versos escritos com a bic no papel de pão.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 29/05/2017
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