A parusia do amor que se dará um dia.

Eu faço poesia num mundo de correria,

Onde o rimar se faz parecer insano, averso.

Num tempo que o poeta perde-se na carestia.

Em que o amor se faz absconso submerso.

Em meio a queres concupiscente, sem valia.

Num tempo que o ser, perde lugar para o ter.

E a poluição do poder destrói a verde ramaria.

Eu faço poesia num tempo, que pede para não fazer.

Mas sou poeta e como poeta só sei fazer poesia.

E mesmo que o mundo me veja como obverso,

Que ao ego traz as riquezas e a alegria.

Eu faço do amor meu mais caro verso.

Pois sei que a verdade se cumprirá na parusia.

De um amor que recupera seu tesouro disperso.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 16/04/2017
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