Paixão seda macia.
Nas suaves sedas da paixão eu toquei,
E deixei meu coração divagar a revelia.
Já era tarde e quente quando acordei.
Queimava no meu peito o sol do meio-dia.
E a paixão que outrora era seda macia,
Feriram-me as urdiduras da dura maguei.
E sem perceber enquanto insensato eu sorria,
Lagrimas no rosto escorria, então eu chorei.
Não um choro que do dissabor faz mulei,
Mas sim um choro que nasce da alegria,
Daquele que diz em alto brado; eu me apaixonei!
Pois o poeta inspira a sua mais cara poesia,
E faz dela suave e curativo manusdei.
Da paixão que nasce a meia-noite e brilha ao meio-dia.
(Molivars)