O eterno sentir.
Um viver impreciso terno suave,
Um tempo curto na espaçonave.
Na eternidade um azo passageiro.
Da astronave terra, um passageiro.
Assim somos nós, um ponto na vida,
Nem chegamos e ensejamos a despedida.
Colocamos a mente à porta da eternidade,
Com o corpo imerso na efemeridade.
Com um espírito de forte couraça,
Revestidos pela carne fina vidraça.
Que quebra ao menor tremor,
Ante a paixão que precede o amor.
E, é na fragilidade e no azo da perenidade,
Que se predispõe a imortalidade.
De um sentir que será dono do momento,
Pois o eterno se firma no doce sentimento.
Tornando-nos fortes e perenes,
Seres alegres, leves, eternos e solenes.
(Molivars).