Um olhar de réprobo.
Vi em teus olhos o triste réprobo,
Uma dura rejeição a tudo que eu sentia
Quase fiquei triste num sentir ímprobo.
Mas alegrei-me na minha cara alegria,
Pois entendi o seu medo a sua fobia,
Porque provastes da paixão gosto salobro,
Fugia da paixão, não era de mim que fugia.
E o medo que leva a nau da vida ao soçobro.
Impede-nos de ver no mar a paz da calmaria.
E sem querer reprovamos o amor no prólogo.
Num triste olhar sem alegria,
Num triste olhar de réprobo.
(Molivars).