Um amar subentendível.
Subentendível e aquilo que fica inaudível,
Guardado no coração daquele que ama só,
Não porque de si tenha pena ou dó,
Mas por não querer parecer suscetível.
Para aqueles que medem o contra e o pró,
De uma vida que termina na leveza do pó.
Mas que continua no calor do invisível.
Num querer mais fino que o filó.
E da paixão e da razão se faz teiró.
No coração que se fez subentendível.
Na esperança de fazer audível o inaudível.
E do canto que encanta apreciar o xodó.
(Molivars)