Homenagem ao grande poeta João Paraibano
A poesia outra vez verte-se em pranto,
Com a perda de um grande ser humano
Foi embora nosso joão paraibano
Retratar a natureza em outro canto,
Deus cobriu o poeta com seu manto,
E o levou pra morar em outro chão
Pois na terra já cumpriu sua missão
E agora nosso João segue outro tino,
Quando morre um poeta nordestino
Nasce um pé de saudades no sertão.
Daniel Santos
No improviso dos versos João seguia
Retratando a beleza do sertão
E assim conquistou toda nação
Com seus versos florais de poesia
Ao tocar sua viola em harmonia
Todo povo o aplaudia em saudação
A poesia era a sua devoção
E os seus versos pra nós era um presente
O Sertão, a viola e o repente
São tesouros que lembram nosso João
Mote: Damião Andrade Lima
Glosa: Daniel Santos
A saudade de João é tão intensa
E a dor que sentimos é tão dura
Que os amigo guarda em si a amargura
Por não ter de João mais a presença,
Deus nos deu essa dor como sentença
Ao tirar o poeta desse chão
Abalou a natureza e fez rachão
Em cada parte da terra, em cada canto
O orvalho das plantas foi o pranto
Que a natureza derramou por perder João.
©Daniel Santos.
A viola não fala, porem sente,
A ausência de quem lhe dava "voz"
Ela sente, talvez, igual a nós
A saudade de quem se faz ausente,
Esse "cara", só ele, e tão somente,
Deu sentido a esse violão,
Hoje visto já sem coloração,
Já não faz mais o som que antes fazia
Se a viola falasse, cantaria,
A saudade que sente de João.
©Daniel Santos.