Homenagem ao grande poeta João Paraibano

A poesia outra vez verte-se em pranto,

Com a perda de um grande ser humano

Foi embora nosso joão paraibano

Retratar a natureza em outro canto,

Deus cobriu o poeta com seu manto,

E o levou pra morar em outro chão

Pois na terra já cumpriu sua missão

E agora nosso João segue outro tino,

Quando morre um poeta nordestino

Nasce um pé de saudades no sertão.

Daniel Santos

No improviso dos versos João seguia

Retratando a beleza do sertão

E assim conquistou toda nação

Com seus versos florais de poesia

Ao tocar sua viola em harmonia

Todo povo o aplaudia em saudação

A poesia era a sua devoção

E os seus versos pra nós era um presente

O Sertão, a viola e o repente

São tesouros que lembram nosso João

Mote: Damião Andrade Lima

Glosa: Daniel Santos

A saudade de João é tão intensa

E a dor que sentimos é tão dura

Que os amigo guarda em si a amargura

Por não ter de João mais a presença,

Deus nos deu essa dor como sentença

Ao tirar o poeta desse chão

Abalou a natureza e fez rachão

Em cada parte da terra, em cada canto

O orvalho das plantas foi o pranto

Que a natureza derramou por perder João.

©Daniel Santos.

A viola não fala, porem sente,

A ausência de quem lhe dava "voz"

Ela sente, talvez, igual a nós

A saudade de quem se faz ausente,

Esse "cara", só ele, e tão somente,

Deu sentido a esse violão,

Hoje visto já sem coloração,

Já não faz mais o som que antes fazia

Se a viola falasse, cantaria,

A saudade que sente de João.

©Daniel Santos.

Daniel Nunes Santos
Enviado por Daniel Nunes Santos em 15/12/2014
Reeditado em 17/12/2014
Código do texto: T5070471
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