O SILENCIO DA NOITE É QUEM TEM SIDO, TESTEMUNHA DA MINHAS AMARGURAS
No clarão de uma noite enluarada
Onde os sons que se escuta é meus gemidos
Um barulho que incomoda os ouvidos
De quem anda em plena madrugada,
No silencio dessa noite tão gelada
Eu ali a pensar em mil loucuras
Suportando as dores e as torturas
Dos momentos cruéis que eu tenho vivido
O silencio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Eu aqui me entregando as depressões
O meu pranto a descer demonstra as dores
Meu sorriso não controla os dissabores
Causados pelas minhas aflições
O meu rosto mudou as expressões
Minha vida não tem mais aventuras
Convivendo com as minhas desventuras
Só Jesus é quem tem me protegido
O silencio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Em seguida, ao amanhecer o dia
O meu corpo cansado adormece
E nem assim, a minha mente esquece,
As angústias de uma vida tão vazia,
Caminhando nessa rua tão sombria
Sou levado ao beco das torturas
Onde há somente almas impuras,
Num lugar que pra mim não faz sentido
O silencio da noite é quem tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Passo as horas do dia em devaneios
A procura da minha realidade
Conduzindo minha vida na verdade
Nas estradas cruéis dos aperreios
Felicidade o maior dos meus anseios,
E anoitecer, vendo a lua nas alturas,
Sem lembrar as dores e as fissuras
De um peito que outrora foi ferido
Pra dizer que a noite não tem sido
Testemunha das minhas amarguras
Mote: Severina Branca
Glosas: Daniel Santos