O SILENCIO DA NOITE É QUEM TEM SIDO, TESTEMUNHA DA MINHAS AMARGURAS

No clarão de uma noite enluarada

Onde os sons que se escuta é meus gemidos

Um barulho que incomoda os ouvidos

De quem anda em plena madrugada,

No silencio dessa noite tão gelada

Eu ali a pensar em mil loucuras

Suportando as dores e as torturas

Dos momentos cruéis que eu tenho vivido

O silencio da noite é quem tem sido

Testemunha das minhas amarguras

Eu aqui me entregando as depressões

O meu pranto a descer demonstra as dores

Meu sorriso não controla os dissabores

Causados pelas minhas aflições

O meu rosto mudou as expressões

Minha vida não tem mais aventuras

Convivendo com as minhas desventuras

Só Jesus é quem tem me protegido

O silencio da noite é quem tem sido

Testemunha das minhas amarguras

Em seguida, ao amanhecer o dia

O meu corpo cansado adormece

E nem assim, a minha mente esquece,

As angústias de uma vida tão vazia,

Caminhando nessa rua tão sombria

Sou levado ao beco das torturas

Onde há somente almas impuras,

Num lugar que pra mim não faz sentido

O silencio da noite é quem tem sido

Testemunha das minhas amarguras

Passo as horas do dia em devaneios

A procura da minha realidade

Conduzindo minha vida na verdade

Nas estradas cruéis dos aperreios

Felicidade o maior dos meus anseios,

E anoitecer, vendo a lua nas alturas,

Sem lembrar as dores e as fissuras

De um peito que outrora foi ferido

Pra dizer que a noite não tem sido

Testemunha das minhas amarguras

Mote: Severina Branca

Glosas: Daniel Santos

Daniel Nunes Santos
Enviado por Daniel Nunes Santos em 15/12/2014
Reeditado em 17/12/2014
Código do texto: T5070240
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