O REI FANTOCHE
Ou «o crime de lesa-história»
Anda a juventude perdida
Mascarada em “fora-da-lei”
Julga ter o rei na barriga
Dizendo "eu é que sou o rei".
Imagem de marca do País
Com a mente pervertida
E já toda a gente o diz
Anda a juventude perdida.
Ora, por dá cá aquela palha
Sem noção de boa grei,
Em todo o local s´ espalha
Mascarada em fora-da-lei.
Perante exemplos de cima
Sente que a nada se obriga
Desprezando a auto-estima
Julga ter o rei na barriga.
Porventura terá razão:
Lançada às feras, eu sei,
Navega na sua ilusão
Dizendo “eu é que sou o rei”.
Alguém afirmou em má hora,
Sem moral e sem decência,
Quem não ´stá bem vá-se embora…
Não se estranhe a evidência.
Com vergonha e sem glória
Temos, afinal, de conviver
Mas um crime de lesa-história
Faz uma Nação entristecer.
Mais espada, menos espada,
Não há moral que desabroche
Co´ esta justiça anestesiada
Não admira um “rei fantoche”!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA