DA FESTA SE FAZ ALMA
“Ao mês de Maio”
Mês de Maio, maias festa,
Da Natureza e da calma,
Tradição não se contesta,
Pois da festa se faz alma.
Todo o ano é lufa-lufa
Na fadiga que nos resta
Ninguém é flor de estufa
Mês de Maio, maias festa.
São imensas as labutas,
Corpo humano tem desalma,
Com sossego para as lutas
Da Natureza e da calma.
Há proveitos, há inveja,
Toda a sorte sai modesta
Com giesta benfazeja
Tradição não se contesta.
Alegria em corpo são
Sem martírio mas com palma
Dá calor e traz paixão
Pois da festa se faz alma.
Mês de Maio, mês das flores,
Entre os meses qualidade,
Barca-crença, nau de amores,
Numa história de saudade!
Frassino Machado
In MUSA VIAJANTE