CAIXOTE DO LIXO

Caixote do lixo, caixote,

Anda tudo num virote.

Caixote do lixo, caixote,

Desta sociedade é o mote!

Ainda é noite serrada

Anda ali um rapazote

Vestido de farrapada

Caixote do lixo, caixote.

A fome por aí vagueia

Em apertado garrote

Por esta global aldeia

Anda tudo num virote.

Velhos e novos na rua

Paisagem de estrambote

Canção ao vento flutua

Caixote do lixo, caixote.

Esboço em partitura

Há batuta e há chicote

Pobreza como fartura

Desta sociedade é o mote.

É o preço da ganância

Do poder qu´ ignora a vida

Caixote sem importância

Democracia vencida.

Caixote do lixo, lamento,

Com gritos de solidão

Abundam no Parlamento

Da silenciosa Nação!

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 19/03/2014
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