A VERDADE DA MENTIRA
Todo o homem consciente,
Ao qual nada se retira,
Fica sempre descontente
Co´ a verdade da mentira.
Armas químicas? Pois então?
Não faz mossa cá na gente,
Dá-lhe sempre convenção
Todo o homem consciente.
Não s´ estranha um governante
Que toda a esperteza admira
É uma figura relevante
A quem nada se retira.
O Zé-povinho até gosta
De ser tido como gente
Mas, ao perder sua aposta,
Fica sempre descontente.
Toda a paz é um bem precioso,
Da cabeça ninguém tira,
O Zé fica melindroso
Co´ a verdade da mentira.
Cante-se a paz e o bem,
Haja saúde e alguns trocos
À festa não falte ninguém
Pois há qu´ limpar os sufocos.
Abaixo quaisquer lamúrias,
Urge ir em frente e a horas,
Que importa a guerra das fúrias
S´ não há tempo p ´ ra demoras?
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA