Da saudade
A este moto:
Mesmo batendo o meu coração
minha alma não goza a liberdade
o amor que vive está em decomposição
é hora de voltar para a realidade


Nos versos de saudade que escrevia
não podia esconder o sentimento
que diante a verdade via
a figura que com o tempo não passaria
nem se apagaria do meu pensamento.
Com um suspiro profundo, minha mão
seguia em uma linha dividida
como se a morte fosse a salvação
já que não tinha sentido a vida
mesmo batendo o meu coração.

Memórias tristes por não ter esquecido
trazendo lembranças para o presente
pior do que um fato real perdido
é sonhar com o que poderia ter acontecido
é uma dor que dói lentamente.
Mas quando manda o amor, é verdade
que a esperança nunca vai morrer
mas confesso que não há felicidade
se sentir saudade é como sofrer
minha alma não goza a liberdade.

Eu vi todos os danos desse sonho imaginado
que pode ser tão duro, disciplina crua
envolto a um mar tão turbado
cantando ao vento um tempo desordenado
sendo refém da imagem tua.
Passando os anos, sem nenhuma redenção
daquilo que mais quero o destino me afasta
bem sei o que é certo, não há mais razão
de tudo que me oferece, emfim, já basta
o amor que vive está em decomposição.

Nestes cansados versos já tive a penitência
já proveis o muito que lhe amo
não lhe obrigo a ter paciência
mesmo sem esperança, tenho consciência
de tudo que passou foi um engano.
Continuar, não sei se tenho vontade
um repouso talvez sera mais crescente
diferente em tudo, sem o gosto da saudade
sem medo da fantasia de minha mente
é hora de voltar para a realidade.



Chagas Neto
Enviado por Chagas Neto em 18/01/2013
Código do texto: T4091359
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