A BRUMA DAS ENTRELINHAS
Das entrelinhas a bruma
Nada permite entrever
Por entre coisa nenhuma
Tudo pode acontecer.
O tempo pode contar
Tudo aquilo que costuma
Mas não pode interpretar
Das entrelinhas a bruma.
Do mundo das emoções
Até o mal pode nascer
Ao fecho dos corações
Nada permite entrever.
Em metafórica senda
Todo o dizer se esfuma
Cada verdade s’ emenda
Por entre coisa nenhuma.
Não há percepção completa
Mas antes “modos de ver”
Numa área tão discreta
Tudo pode acontecer.
Minha amiga, minha amiga,
Opte esta ideia das minhas:
Afaste, s´ quer que lhe diga,
A “bruma” das entrelinhas!
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA