Trovador das Trevas!
Mote
Em um tempo de terror
Trovo as trevas tenebrosas!
Tenso e em tétrico temor
As artes tempestuosas
De um trágico trovador!
Primórdio o tempo em primevas
De era um futuro infernal!
Longínquo inferno em longevas
Torturas de um ricto o mal
Dele: – O Trovador das Trevas!
Glosas
Em antigos manuscritos
Os saberes tão distintos
Que se não fossem escritos
Estariam hoje extintos
Conhecimentos descritos!
Mesmo em face do pavor
O homem sempre é curioso...
Mesmo em face até do horror
De um conto misterioso...
Em um tempo de terror!
As superstições de outrora
Seguem através da história
Pelo tempo e mesmo agora
Sempre estarão na memória
No crepúsculo e na aurora!
Mesmo as lendas temerosas
Têm o encanto narrativo
Das prosas misteriosas
E então por esse motivo
Trovo as trevas tenebrosas!
Principados! Potestades!
Raios! Relâmpagos! Reinam
Em trovões! E em tempestades!
E em temporais! Eles treinam
À orquestra de eternidades!
Por Ordem do Imperador,
O Senhor do Império Obscuro...
Em um Reino Assustador,
Cada um dos seres do escuro...
Tenso e em tétrico temor!
O Imperador deste Inferno
Estabelece o seu termo
Conforme o contrato interno:
Seja um subalterno, ou o enfermo
Em um sofrimento eterno!
Punições perniciosas
Que o súdito julga indigno
O escravo e a almas temerosas!
Mestre do mentor maligno:
As artes tempestuosas!
Magnânima a magnitude
Da real reminiscência
Persistente da virtude
Que permanece em essência
Perante as vicissitudes!
Guerreiro! Gladiador!
O apocalíptico eclipse
Do espírito em que o escritor
Narra o El-Phantasma em o elipse
De um trágico trovador!
Pelos templos taciturnos
Os espíritos da noite
Dormem os somnos nocturnos!
A imsomnia a illusão destrói-te
Dos pesadelos soturnos!
Os devaneios que elevas
Perambulam p’las pennumbras
À escuridão que te levas...
Do onírico altar vislumbras
Primórdio o tempo em primevas!
Pensamento hostil de morte
Reflete a abstração do abismo
Que o, enfim, conduz à má-sorte!
A illusão de ébrio sophismo
Não torna o sul em um norte!
Do inferno o reino é real:
Régio e além da realidade!
El-Real y Imperial
Senhor de toda a verdade
De era um futuro infernal!
Que importa o quanto rebelas
Raiva e ira e cólera em ódio?
O acaso o injusto o revelas
Ao término do episódio
De existências nada bellas!
N’alma a essência ethérea nevas,
Conforme as regras do jogo...
O infortúnio em si relevas
Nesta dimensão de fogo
Longínquo inferno em longevas!
Neste instante está resigne
Aquelle antes reluctante...
Guardião! Que a honra se indigne
Ao infortúnio este perante
Deste orgulho e brio insigne!
O implacável e ethernal
Golpe final do destino
Desfere ao ferido o umbral...
Desventura e em desatino
Torturas de um ricto o mal!
Mesmo a milhares de milhas
Não finda o infindo caminho...
Em meio a ermas armadilhas
A outrem o eu sempre há sozinho
Neste inferno em redondilhas!
Neste labirinto enlevas
Preso aos grilhões desta insônia...
O Anjo e o Demônio que entrevas
Sou-me em Minha Cerimônia
Dele: – O Trovador das Trevas!
(Dhrakonioum Lendarious)