A(ferida)
Existe na penumbra dos afetos uma ferida que ainda pode ser aberta, outrora purulenta, sempre prestes a sangrar. Basta uma palavra mal pro(ferida), virulenta, fora do contexto ou ácida em seu teor, qu'ela torna a latejar, e inevitavelmente teremos de suturá-la. Porque mesmo aqueles que muito amamos, num descuido qualquer, irão nos decepcionar. O mesmo fazemos a outrem. Sejamos sensatos no falar e no calar. Bem sabemos que carregamos uma espada oculta, a chamamos de língua , sua bainha é a boca. Sua "lâmina "está sempre bem afiada; pronta para ferir e as relações arruinar.