Anseio d'alma
Aquela noite de escuridão impenetrável
levou embora aquele ar adorável
contaminou aquele lindo sol cintilante
e deixou folhas caídas no outono agonizante
as montanhas íngremes sob o estrelado céu
as sombrias cavernas revelam o seu lado mais cruel
e a minha lágrima tão gélida
escorrendo na pele tão pálida
adeus aqueles rutilantes bosques tranquilos
os lagos airosos e profundos como nilo
as sombrias profundezas do recanto
da sombra nebulosa me observando
da sua voz melíflua do meu lado
o doce oco lôbrego e assombrado
o tranquilizante sinal obscuro, o seu jeito veemente taciturno
céu, estrelas, lua avermelhada
a sinfonia sendo recitada
deito-me para observar o espetáculo
isso foi prenunciado pelo meu oráculo
de repente, uma trombeta se alastra com alarido
o eterno me chamando para o seu abrigo
a luz levará-te para um local tão distante
onde o mal e o pecado não existe
para a tão sonhada utopia ingênua
mais uma vítima da lógica eugênica
afoito que algo novo virá
tudo que ficou aqui de nada servirá
sem despedidas, chegou a minha ida
memórias que serão para sempre perdidas
e todo esse sofrimento interno
transpôs para o eterno...