O Paradoxo
A morte é um paradoxo
Como inaugurar o céu
Sem tocar as estrelas
Mas estar sempre nelas
E não nos esquecemos
Dos nomes deles
Porque todos que foram
Seguiram para serem lembrados
Morrer é dar a luz ao descanso
E ainda que a sequela do luto
Seja a lembrança
A vida exige essa distância
E o que tange esse momento
Nos coloca a beira do inevitável
A dor é única
E a ausência é sentida no silêncio da memória
Não digam adeus ainda
Porque a vida não se despede
E sim te presenteia
Com um até logo