Frases e outros escrevinhos meus...
Ah esse (des) rimar palavras que me sustem, que me leva além... Em direção aos céus, às estrelas, ao encontro do meu outro eu... Raylu
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há palavras doces em minha boca... para senti-las, tens que me dar um beijo com gosto de sonhos e quero mais. Raylu
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rimas? versos? onde estão as palavras que usaste? esqueceste as emoções e ficaste só na superficialidade. Caminhas para o horizonte. Raylu
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Palavras amenas, palavras pequenas, palavras sôfregas, palavras que me arrastam para um mar de emoções duradouras ou não. Raylu
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olha só, eu me visto, me revisito na sombra e na luz da tua grandeza que me incendeia à luz de uma simples lamparina. Raylu
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INVERSÃO DA VIDA
Eu chamei o vento, disse-lhe: vento amigo, corre de forma contrária, faz-me virar a cabeça, olhar as coisas num ângulo inverso. Não é que ele aceitou?
E se repente ele soprou e me vi sendo levada contra a corrente de tudo que antes acreditava, sentia, pensava. Pois não é que o mundo que eu cria ser real, vi que eram apenas idéias mal formadas e o que eu tinha por imaginação, fantasia, era pura realidade. Tudo era invertido, o erro era o correto e vice versa. A vida não é esta que conhecemos. O elo existente entre morrer e nascer é algo interessante, são na verdade de uma única fonte. Os caminhos do mundo vem do alto e se misturam por todos os lugares que compõem o universo. O que passa por nós aqui vem de lá e depois retornam e assim o tempo todo estamos a influenciar e sendo influenciados pelo que fazemos ou deixamos de fazer.
Não sei quanto tempo fiquei ali, observando o universo
Dei-me conta que precisava pensar sobre tudo que havia visto. Mas, onde estaria o vento? Aí o vi a meu lado, fazendo-me girar totalmente e voltei a ficar de cabeça na posição normal
Despedi-me do vento e confesso, deu-me um aperto no coração: será que a gente só vive às custas de engano
(06/07/2019)
Raimunda Lucinda Martins
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#lucindanelremar
QUERO-TE
Quero-te na luz,
na escuridão,
no ilimitado tempo,
nas horas em que
o sol se levanta,
quando se põe,
quando a terra nasce
por entre os dedos dos deuses
que margeiam nossos olhares.
Quero-te no amanhecer das luas,
nas ruas escuras do pensamento,
na devassidão dos desejos dos mares
que serpenteiam o mundo que não vemos.
Quero-te na paz dos sonhos que douram
minhas noites em que adormeço pensando em ti,
como estrela a ser alcançada.
Quero-te no hoje eterno,
não havendo mais amanhãs,
nem passado e nem futuro,
é um infinito agora em que
a vida e a morte são irmãs
univitelinas...
Quero-te como um homem, como sol,
como luz a me levar com macia plenitude
sem pensar em castas damas que se entregam
à luxúria de corpos etéreos...
Quero-te como um rio que me leva a correr
entre montes e montanhas, devastando
em sua correnteza os ventos que
um dia serviram de doces canções
ao nascimento de um único momento: do amor
que nos arrebata para o infinito,
onde anjos alados dançam ao sabor dos desejos
dos deuses que brincam conosco
como velhas crianças...
(06/07/2018)
Raimunda Lucinda Martins / Raio de Luz