Nietzsche não era romântico
Para Nietzsche, o romantismo é manifestação do entorpecimento necessário para aqueles que sofrem de empobrecimento vital. Concebe o romantismo como um conceito, e o apresenta em uma frente temporal, estética e ética.
O romantismo é caracterizado por sua extemporaneidade, isto é, pelo seu culto do passado e sua aversão ao “tempo do agora” e ao futuro; pela sua incapacidade em usufruir de um “tempo nobre”, qual seja, o “lento”, sendo, consequentemente, um “estilo da décadence”; e pela sua reatividade oriunda de sua exaltação das paixões, é um fenômeno niilista que está em oposição à filosofia afirmativa afeita aos princípios do classicismo.
NIETZSCHE. Frederich. Genealogia da moral. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
___________________. Crepúsculo dos ídolos. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
___________________. Ecce Homo. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.