Retorno

Se hoje tu vieste e batesse em meu portão

Pediria que virasse a esquina e buscasse outro coração

Pois o que procura em mim agora, levaste consigo

E como se nada fosse jogaste no caminho

Se durante meus passos, me encontrasse

Pediria que atravessasse como vento

Pois como o mesmo, sente o frio, balança as estruturas

Mas não se vê, logo se esquece

Antes tu eras, brisa de verão, que refrigera no calor incomparável

Agora tu és, vendaval, furacão, que destrói minha alma de maneira indesculpável