PROTESTO
Protesto pelas ruas na noite quente,
Na manhã chuvosa, o grito de dor presente.
Palavras vazias, como água que se perde,
Ideologia corrompida, indiferença que fere.
Paz conquistada na sombra da guerra,
Falso amor que consome, como uma traiçoeira serra.
Crença fanática obscurece a verdade,
Vida sem sentido, silêncio na sabedoria dos covardes
No eco da indignação, a poesia se revela,
Contradições gritam, a revolta apela.
Em cada verso, a luta se entrelaça,
Contra o vazio, que a sabedoria abraça.
O que dói não é o grito dos infelizes,
mas o silêncio dos felizes.
Tião Neiva