OFÍCIO DE PACIÊNCIA
O tempo retirou-me a pressa, o anseio em querer estar publicado. Compreendi a necessidade de amadurecer o espírito com parcimônia e consagrar a minha escrita à tradição. Sonho, hoje, a construção de uma obra que sobreviva aos séculos. E reconheço a seriedade deste impulso. Bem sei ser raridade, poucas são as obras a atingir tal patamar. Talvez jamais consiga alcançá-lo, ou sequer aproximar-me, mas se compete-me o sonho que seja o mais alto.