Amar ou esquecer

Temos que ter a coragem de enfrentarmos nossos medos: solidão, aceitação, afirmação, sermos transparente sempre conosco mesmo. Nessa tarefa que envolve trabalho e todas as relações interpessoais fica sempre um suspiro, que após certa idade roga quase que loucamente por uma verdadeira paixão, um amor, alguém que não encontra-se em si mesmo e que por vezes quase que animal. Estar livre destes obstáculos é poder acordar e sorrir para o raiar do sol, sentir o perfume das flores e se deleitar com a companhia da lua. Amar não é uma tarefa, um trabalho, ou qualquer outro nome similar. Amar é sentir-se envenenado de desejo pela outra pessoa, neste amor íntimo, tendo como calmaria apenas o instante em que se encontra a se tocar. Não é obsessão. É dar total liberdade e saber que em seu coração nada pode mudar a direção do sentir, do gostar. Quando sentimos um pouco ou a companhia é agradável ou quiçá prevalece o lado sexual. Tudo estará fadado ao erro e consequentemente ao sofrimento. Tem que respirar o mesmo ar e evoluir cada dia, cada minuto como se fosse o último de nossas vidas. É dá a impressão de estar louco, porém é sensatez no caos hormonal. Isso é o que o corpo precisa para informar a alma que está tudo bem, que o amanhã já estará reservado a pessoa amada. Sair desta sintonia é abandonar muitos sentimentos e se conhecer bem para não ter perdido seu estado inicial. Por isso sempre é relevada a questão do amor próprio quando há o destaque de que se não ama a si próprio jamais amará alguém verdadeiramente. Discordo piamente, pois o amor a uma mulher quando completo é como tudo ser, tudo sentir, tudo saber e deixar que nada atinja você porque a única pessoa que pode lhe ferir é aquela que um dia você chamou de meu amor, mas foi dito por si mesmo e isso pode ser reparado. Então fica a pergunta: existe amor eterno? Sem que seja o de laços parentais.

Person
Enviado por Person em 19/02/2023
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