A arte de ser
Sobre a vida, eis uma verdade: é preciso dominar com maestria a arte da solitude para que não se caia no abismo da solidão carente que, quando nos abraça, é preciso muito esforço para fazê-la soltar.
Sobre a solitude, eis uma verdade: ela salva-nos de nos entregar a momentos rasos e pessoas superficiais.
A solitude nos permite estar em contato com o nosso íntimo e junto a introspecção, temos a honra de desfilar dentro de nós mesmos, mergulhar no mais profundo do nosso ser e sermos capazes de emergir uma pessoa leve, bem resolvida, em paz.
Da solitude é fácil falar, mas nem todos estão preparados a se deixar conhecer e conectar-se a si nesse ponto e por isso recorrem a solidão.
Sobre a solidão, eis uma verdade: ela é fácil reconhecer. Você se perde ao tentar ser por não saber quem se é. A solidão cria uma realidade desconfortável que se torna confortável apenas devido a ação do tempo, mas que ainda carrega as mesmas dores de sentir-se desamparado, perdido, esquecido, insuficiente e outras coisas mais; Emergir mistério, complexidade ou profundidade dela é incapaz.
Sobre você: qual é a sua verdade? A mais verdadeira de todas as verdades.