O Mais Triste Que Ama
Eu te contemplo, bela como és, mas sei do proibido existente: entre os que moram nos prados de ouro, e, dos que habitam o vale da eterna escuridão, é, negado, por lei poética, uma amizade, ou mesmo: o amor. Te contemplo, dançando na alvorada, nas pradarias douradas de formosuras, ao crepúsculo da minha grande melancolia. Aqui faz frio, aqui o luar é de um cinza silencioso e morno. Sofro com esse meu castigo num paraíso, sem teu amor, pois deseja minha alma, as pradarias das mais belas virgens em Cetins azuis em grinaldas madressilva, para dançar eternamente; valsas do amor. E com isto, beijaria eu, tua boca, aos lábios róseos, framboesas ao mel, fruto, e, presente das deusas em meu Dezembro.