Foi numa manhã ...
Foi numa manhã que me veio ...
... Ó alma, por que queres a felicidade? Ó tristeza, por que queres as muitas lágrimas? Ó esperança, por que esperas tanto? Ó violência, por que amas tanto a guerra? Ó fé, por que tu acreditas fervorosamente mesmo todos afirmando: É mentira? Ó amor, por que essa renúncia na abnegação de quem ti és frio e indiferente? Ó paixão, por que tu buscas no outro essa tão torpe ilusão? Ó inerência, por que tu se apega na incerteza de quem se apartou de ti? Ó mórbida dúvida, por que tu navega nesse mar das perguntas inconsequentes? Ó poesia, por que tu me aflige um suicídio de palavras à boca do Inferno? Ó Inferno, por que me arrebatas o Paraíso, no que não sei de mim, querendo sentir em tudo ao todo; o desejo amoroso de cantar aos pés estigmatizados da santa Edwiges a música deste fim? Ó morte, por que ires embora no entardecer de quem nunca contemplará a verdade deste mundo a alvorada eternal dos sonhos; augustos anjos ...
Eu te gosto: Z