O compasso derrete as certezas
111
A jornada é joia.
112
Toda joia é jônica.
113
O desafio desata os nós do destino.
114
Não sei como se apoderar da vitória. E nem do não...
115
Os sortilégios repousam nas galáxias em que vivemos.
116
Só vivemos porque é um artefato viver.
117
Só amamos porque os verbos se conjugam no tempo do infinito, amar é imortal.
118
A distância de Deus não é inexorável. Não pede e não dá recados, afinal a cruz é também uma voz indecifrável.
119
Na plausível, e, doce, e, indecifrável voz de mulher tem uma viagem ao redor do colo do mundo. Onde mora há tempos o tempo.
120
O cansaço de todos os dias é gerado na mesma proporção daquele que desvia da vida.
121
O fato absorve o saber.
122
Um erro leva aonde leva o acerto.
123
A validade das coisas varia conforme o firmamento.
124
O compasso derrete as certezas, até mesmo, onde mora o inverno.
125
O perigo é uma dança de criança.
126
O sorriso só leva um abrigo.
127
A dor não deixa marcas.
128
As marcas descansam na dor.
129
O sofrimento é feito de crises, com suas cicatrizes, e costuma cair em vão em meio à multidão.