A PASTORA - 8
-- Seu pai mata pessoas?
-- Não posso afirmar isso com certeza. Mas não duvido. Ele é perigoso. Não sei se ele mata ou manda matar, mas uma coisa é certa: Ele destrói pessoas. Tem esse poder.
...
Benjamim segurou a mão dela, entrelaçando os dedos. Elizabete apertou com força, como buscando apoio e segurança.
-- Agora somos namorados? – ela perguntou.
-- Você aceita ser minha namorada?
-- Aceito.
-- Então nós somos.
Estavam de frente um para o outro, olhando nos olhos. Nenhum dos dois tinha experiência ou sabia o que fazer naquele momento. Mas não era necessário curso ou qualquer instrução de alguém para isso. Instintivamente os rostos foram se aproximando mais e mais, atraídos por uma força que ainda não conheciam plenamente. Seus lábios se tocaram; se juntaram. Aquilo era um beijo. Um beijo de amor. E como era bom beijar Elizabete e ser beijado por ela!
Quando pararam, estavam sorrindo, como se todos os problemas tivessem sumido.