A PASTORA - 4

A garota apreciava aquilo: O silêncio, quebrado apenas pelo balido das ovelhas e o canto dos pássaros nas árvores; o céu azul, pontilhado por algumas nuvens alvíssimas, algumas formando figuras de coisas conhecidas, como se tivessem sido esculpidas: Uma torre de castelo, um perfil de um velho com narigão adunco, que logo ia se desmanchando e se transformando em outra coisa; montanhas geladas contornadas por um imenso lago azul – o próprio céu; e lá estava uma ovelha, que em segundos ficava parecida com um cachorro e logo em seguida era uma foca, para depois não se parecer com nada que ela conhecia. O ônibus escolar! Olha lá!... Como era mesmo o nome do motorista? Ela não se lembrava. Ouvira apenas uma vez. Logo o ônibus se desmanchou e se transformou em um grosso tronco de árvore.

Os olhos atentos da pastora se voltaram para baixo acompanhando o movimento das ovelhas.

Ela retirou a garrafinha da mochila e tomou alguns goles de água. Perto de meio dia comeu o seu sanduíche. Duas horas depois, à frente do rebanho, o conduziu de volta para casa.

Isidio
Enviado por Isidio em 29/09/2020
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