Filosofia Albereana 18

O amor dos meus pais era uma coisa boa, quando eu estava a toa, a ripa estralava nos lombos, ainda hoje carrego o peso das marcas nos ombros. Quando passava mal, apanhava de torçal. Se resmungasse besteira, apanhava de mangueira. Nas cheias do Rio Poti, eu pulava da ponte para me divertir, as ribanceiras pareciam cachoeiras e eu amava aquelas chuvas de brincadeiras, mas quando eu chegava em casa, meus pais, minha carne, amaciavam. Mas foda-se, só depois de percorrer boa parte da estrada é que a gente compreende que a vida de adulto é complicada.

Alber Liberato Escritor
Enviado por Alber Liberato Escritor em 06/09/2020
Código do texto: T7055802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.