O Homem que CURAVA e NÃO sabia

Extraído do livro “Canções de Deus” – da coleção do Joseph Murphy, falecido autor de “O Poder do Subconsciente”

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O SANTO

Há muito, muito tempo atrás, vivia um Santo Homem tão bom que os anjos, assombrados, vieram do céu só para ver como alguém conseguia ser tão piedoso. Ele simplesmente levava sua vida irradiando amor como as estrelas difundem a luz... e as flores, perfume, sem mesmo se darem conta disto. Duas palavras dominavam seus dias: ele dava, e perdoava. Apesar de tudo, estas palavras nunca saíram de seus lábios; elas se expressavam em seu sorriso pronto, em sua bondade, amor e boa vontade. Os anjos disseram a Deus: - “Ah, Senhor, conceda-lhe o dom dos milagres!” Deus replicou: - “De acordo; perguntem o que ele deseja”. – “O que você deseja, então?” — gritaram os anjos. –“O que eu posso querer?” — perguntou o Santo Homem sorrindo. – “Que Deus me dê Sua graça, e com isto não terei tudo?” Os anjos insistiram: - “Você tem que pedir um milagre, ou o obrigaremos a aceitar qualquer um.” – “Muito bem" - disse o Santo Homem - "que eu faça o bem em grande quantidade, sem nunca sabê-lo.” Os anjos ficaram perplexos. Reuniram-se em conselho e chegaram à seguinte conclusão: toda vez que a sombra do Santo estivesse atrás dele, ou do seu lado, de modo que ele não a visse, teria o poder de curar doenças, aliviar a dor, consolar a tristeza. E assim aconteceu. Quando o Santo passava, sua sombra no chão, a seu lado ou atrás dele, tornava verdejantes os solos áridos, fazia florescer plantas murchas, trazia água fresca ao leito seco dos rios, novas cores ao rosto pálido das crianças, e alegria ao coração das mães. O Santo simplesmente levava sua vida transbordando amor como as estrelas difundem a luz... e as flores, perfume, sem mesmo se darem conta disto. E o povo, respeitando sua humildade, seguia-o em silêncio, sem nunca falar de seus milagres. Pouco a pouco, chegaram até a esquecer seu nome, e chamavam-no apenas "O Santo".