Um desgosto com o coração...
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O branco da parede lembra a pétala da margarida, desabrocha em Maio e morre em Junho, o amor é branco também, mas, por demais o amor, uma parede de poder e de indiferença nos faz bater no destino das coisas. O amor tem disso; parede e margarida, um é dócil e o outro imóvel à espera dos imprecavidos no coração. Talvez a pobreza deste sentimento seja a entrega cega. Indo nos ditames do amor a flor desabrocha e morre, a parede enternecida e lacrimosa fica para depois de muitos encontros e desencontros o medo lha consumir os mesmos prazeres na fornalha do esquecimento e da poesia de um bêbado amargurado e solitário: As vezes o suicídio é tão belo. (...)