O Bêbado e o NOVAIORQUISTA (jornal)
ASPAS abertas para o conteúdo do jornal ESTADÃO dos idos tempos de 2004//
O Estado de S. Paulo
18/05/2004 na edição 277
‘O salvo-conduto concedido ao jornalista Larry Rohter pelo ministro Francisco Peçanha Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), reabilitou a imagem da democracia brasileira que o governo Lula conspurcara ao ordenar – com base numa lei ditatorial – a expulsão do correspondente do New York Times.* (*jornal dos gringos – explicação do Tex).
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‘A decisão do sr. da Silva, na terça-feira, de expulsar Larry Rohter’, diz o Times, ‘provocou uma forte reação, conduzida por associações de jornalistas, advogados, grupos jurídicos e políticos da oposição. O mais influente jornal brasileiro, O Estado de S. Paulo, publicou um editorial na quinta-feira definindo a ação presidencial como ‘uma monumental estupidez’. Warren Hoge destaca, no início do texto, o papel do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que assumiu o controle da situação ‘depois de receber uma carta dos advogados brasileiros de Rohter afirmando que ele não havia tido nenhuma intenção de ofender (Lula) da Silva e lamentando qualquer incômodo que a reportagem tenha causado’.
É mencionada ainda a crítica dos analistas ao fato de o presidente brasileiro ‘ter baseado sua ação em uma lei de imprensa repressiva e desacreditada, dos tempos da ditadura militar, que havia perseguido e prendido (o presidente Lula) da Silva e muitos membros de seu governo esquerdista.’ Depois, refere-se à advertência feita na quinta-feira pelo porta-voz do Departamento de Estado americano, Richard Boucher. Para Boucher, diz o Times, o gesto de Lula ‘não estava de acordo com o fortre compromisso do Brasil com a liberdade de imprensa’.
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‘‘País não é governado por um alcoólatra’, diz Lula’ - O Estado de S. Paulo, 15/05/04.
‘Na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o episódio envolvendo o jornalista americano Larry Rohter, do The New York Times, não abre nenhum precedente contra a liberdade de imprensa no País. ‘O jornal pode tirar este cidadão (Rohter) e mandar 350 jornalistas para cá, para fazerem 350 matérias criticando o governo que não tem problema’, disse o presidente, em entrevista à revista IstoÉ, que chega hoje às bancas.
Lula nem admite que o governo tentou expulsar Rohter. ‘É um direito do Estado conceder ou não o visto’, observou. ‘É engraçado: os EUA não concedem visto ao deputado Fernando Gabeira, que seqüestrou o embaixador em 1968. O embaixador já morreu de velho e ainda hoje o Gabeira não consegue entrar lá.’
O presidente disse que não concorda com a avaliação de que a decisão de expulsar o jornalista foi precipitada. ‘Li, reli, reli mais uma vez e fiquei tentando saber o fundamento’, contou. ‘Por que um cidadão faria uma matéria daquela? Ele poderia dizer que o governo é incompetente, que o governo não está conseguindo fazer nada. Poderia dizer que eu bebo. Que gosto de tomar uísque, de tomar uma cerveja, de fumar um charuto. É a pura verdade.’
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‘Esse cidadão nunca esteve comigo, nunca viu o meu cotidiano. Não poderia passar para fora que o Brasil é governado por um alcoólatra’, afirmou. ‘Eu duvido que qualquer companheiro tenha me visto bêbado alguma vez. Faço este desafio para a imprensa nacional’, continuou. ‘Agora, veja a situação. Quando eu chegar à África do Sul, em Angola, quando eu for falar com o xeque da Arábia Saudita, ele vai dizer: ‘Pô, será que esse cara está bêbado? Ele é um alcoólatra. Fiquei indefeso. O Brasil não é governado por um alcoólatra.’
\\ASPAS fechadas para o “ESTADÃO” conforme publicado; e “vei-álcool-ado” em 2004 e divulgado por: http://observatoriodaimprensa.com.br/monitor-da-imprensa/o-estado-de-s-paulo-24933/
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Nota de desressacamento ------------- Quando o Lula diz agora (em 2020) que o gringo Glenn está sendo vítima de “abuso de autoridade contra a liberdade de imprensa e a democracia”... ele está afirmando que chamá-lo de bêbado foi um fato mais grave do que um forasteiro orientar crimes contra as instituições e autoridades dos três Poderes da República?