REFORMA que uniu CAPITALISTAS e SOCIALISTAS
Caro leitor, às vezes até parece que as fontes dos conflitos ideológicos violentos são, na verdade, originadas de fatores intestinais. Por isso, é importante que nos certifiquemos de que reservamos o devido tempo para nos reconciliarmos com aquele trono de louça que temos em casa. Vejam esses dois brevíssimos relatos históricos a seguir.
:::::::::::::::::::::::::::::::
ASPAS ABERTAS para as FONTES (“1” e “2”)
1) A Inglaterra, centro e vanguarda do "mundo civilizado", foi o império do penico e da cloaca* (*fossa sanitária). A estrutura mais parecida com um esgoto era o rio Tâmisa, que recebia com as chuvas o lixo abandonado. Cólera e febre tifoide eram só algumas das enfermidades comuns por falta de saneamento – em Londres ou em qualquer lugar.
A dificuldade por trás dessa "demora" não foi tecnológica, mas lógica. Sem a assimilação entre doenças e o tratamento inadequado dos excrementos, avanços e retrocessos na área sanitária revezavam-se à revelia da cronologia histórica. Os romanos tinham sistemas exemplares no século 4, mas, na Idade Média, o hábito nas cidades europeias era esvaziar os penicos pela janela. Newton teve sorte com aquela maçã... Até o século 15, o mais comum era promover "o despejo" do andar superior da casa.
(Em Paris, antes, gritava-se "Água vá!".)
O vaso sanitário conectado a uma rede de esgoto subterrânea ficou popular só a partir do século 19. "Foram as cidades industriais lotadas da Inglaterra Vitoriana que ergueram a privada moderna, especificamente por causa das epidemias crônicas de cólera", afirma Julie Horan, professora de educação comparada na Universidade da Virgínia. Mas o herói dessa revolução foi mesmo o reformista inglês Edwin Chadwick, que, em 1842, relacionou doenças (como aquela) ao indevido tratamento dos excrementos humanos. ( – Extraído de: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/trono-de-louca-a-revolucao-da-privada.phtml
– )
2) Edwin Chadwich, importante reformista social inglês, conhecido por seus trabalhos sobre a Lei dos Pobres, a melhora das condições sanitárias e de saúde pública, escreveu e publicou um relatório sobre mortalidade da população no período de 1831 a 1839, constatando que a taxa de mortalidade urbana era quase dez vezes superior à rural, o que evidenciava as más condições de vida urbana na Inglaterra (Gladstone, 1997). Essas mortes se relacionavam, segundo Holloway (1966), à falta de saneamento urbano e às epidemias de febre tifoide e cólera, o que levava a população a buscar auxílio de profissionais não regulamentados.( – Extraído de: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702013000100003
– )
ASPAS fechadas para as FONTES (“1” e “2”)
:::::::::::::::::::::::::::::
Voltando aqui, o Tex.
Digamos que sem essa “reforma social” (sanitarista) a Inglaterra não teria chegado a ser tão chique como parece nos filmes
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Nota de saneamento -------------- O vaso, esse tão desprezado, é mais causador de sossego para o sistema nervoso do que pode imaginar nossa vã ideologia.