PESSOAS, insígnias, FICANTES (em DAVOS)

É fato “venéreo” (para usar a expressão do Paulinho Gogó, da Praça) que talvez nove "entre dez décimos" dos poetas deste adorável Recanto das Letras fazem fama e leitura sendo amargos com o Brasil numa verdadeira síndrome de: “eu poeto, logo, me isento”. Talvez fosse mais adequado dizer: “me ausento” – pois o poeta não pode criar sem que se ausente da visão mediana sobre as realidades do cotidiano, de modo que assim se possibilita sua inspiração a visitá-lo. Não entram (aqui) nessa cota aqueles que simplesmente querem “ocupar” o Recanto no melhor estilo “Guilherme Boulos”.

Mas, voltando ao ponto, “poesia” às vezes sugere amargura e desencanto – coisa que destoa muito do que se poderia definir como “racionalidade”. Precisamos às vezes do lado neutro da poesia para que ela exista por si só... e flua.

Quanto à obrigatoriedade da isenção (do tipo: “eu poeto, logo, me isento”), a coisa é subjetiva demais porque muitos dos pretensos isentos “atacam” mais do que realmente se isentam. Faz parte do seu show. Eu (Tex) acho mais correta a postura de quem “ataca” abertamente do que a de quem finge isenção apenas para se manter “poeta”.

Ditas essas considerações, transcrevo a seguir (entre aspas) um comentário político sobre o Brasil. Para quem é brasileiro – poeta ou não – deveria soar como boa notícia. Mas cada qual com sua “isenção” ou cada um com sua mania de “ocupação” (estilo “Guilherme Boulos”).

Aspas para o jornalista abaixo//

(Fórum Econômico Mundial de Davos, nos Alpes Suíços, previsto para os dias 21 e 24 deste mês). Paulo Guedes já recebeu solicitações de encontros com mais de 20 dirigentes empresariais. Antes de tomar umas geladas nos Alpes Suíços, o ministro da Economia tem agenda, dia 16, na reunião da Mont Pelerin Society, conhecida pela defesa das ideias liberais, na Universidade de Stanford. Guedes só retorna ao Brasil dia 28 de janeiro. Olha a listinha de quem deseja papear com Guedes: o presidente do UBS Group, Axel Weber, o presidente da Microsoft, Brad Smith, o presidente da empresa de entregas UPS Internacional, Nando Cesarone, o presidente do Canadian Pension Investment Board, Mark Machin, o CEO da Arcelor Mittal, Lakshmi Mittal, o CEO da Chevron, Mike Wirth, o CEO da Coca Cola, James Quincey, o presidente da Royal Dutch Shell, Ben Van Beurden, o CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, o CEO da empresa de carnes Tyson Foods, Noel White, o CEO global da empresa de bebidas Heineken, Jean-François van Boxmeer, além do CEO do Grupo Naturgy, Francisco Reynés.

Aspas fechadas para o jornalista Jorge Serrão em 9 de janeiro de 2020 (https://www.alertatotal.net)

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Voltando aqui, o Tex.

Conforme o título deste meu texto, essas entidades que querem negociar com o Brasil são PESSOAS, insígnias e FICANTES. Mas, para alguns que fazem da amargura a sua poesia (quando se trata de Brasil), são INSIGNIFICANTES (esses agentes negociadores citados) porque... “eu poeto, logo, me isento”.

Feliz dia de poesia para todos!