Senhora
Eu busquei por ti ó Sabedoria das Poesias... Mas tive medo porque me deparei com algo aterrador: Eram os teus olhos tão profundos como o mais poderoso dos mares a afogar-me nessas delícias de teu nome; o amor. Por inteiro possui-me; por inteiro desmembrou-me; por inteiro me transpassou, e eu aflito, simplesmente pedi por um longo socorro; por mais poesias! Por mais poesias! e nisso tudo; me veio um clamor pela perfeição. Sou alma; sou espírito; sou corpo; e, até mesmo, um anjo, mas me deparando com esse espelho de mim mesmo me vem à mente um sentimento demoníaco, de que as palavras, essas palavras, tem vida, e que constrói esse âmago e esse Elã Vital filosófico, que me leva ao clímax de dizer apenas; existo. É, nesta encruzilhada em que a noite chega, que acalantado a mim como reles criança que simplesmente me refaço; dia após dia com as palavras que não sei o quê
significam nesse mistério cósmico de alguma loucura; e dantescamente me nego a dizer poucas palavras, por faltar beleza ou quimericamente por divina perfeição deste estado embriagado da vida; de completo pedinte desta cândida: Língua Portuguesa: Senhora minha!