Inexistência do meu ser
Não sou nada senão o resultado de um conjunto de acidentes, tão em movimento quanto o acaso possa permitir. Nunca sou, mas sempre estou a objetivação momentânea do azar e da sorte. Mas se algo fosse, seria o caos, infinitas naus à deriva que volta e meia encalham, afundam, emergem. Não tenho nada que não me tenha sido dado, nada conquistado, perpetuado, mas legado pelo caos sempre renovado. Eu, nada sou, mas sempre estou.