A pena
A nossa pena vai até a última pena.
Aí voltamos nervosos às nossas atenções ao tinteiro que derrubamos sobre a nossa mesa.
Lá vai-se o que restava das cores vivas e das belas formas que dávamos para as palavras, vivas formas da nossa vida.
Há muitas pessoas de idade que não conseguem chegar santas na velhice, trazem resquícios da mocidade e das suas falsidades e deformidades que acrescentaram para algumas pessoas ao seu redor.
E mantém tudo como um ranço de amargura para deprimir aos mais jovens de espírito.
Provável que a alma "apequenou" na medida em que cresciam.
Pois nasceram com a pureza, conheceram o mundo e se desvirtuam.
Como já diziam " Tudo vale a pena, quando a ama não é pequena".
Então quem consegue cumprir toda a sua pena sem corromper a liberdade dos demais?