Horizonte da vida
Ao nos aproximar do horizonte-poente da vida, de maneira longevo,
ela (a vida) nos traz de volta a aurora dos nossos dias...
Sim, a doce criança que fomos um dia, se faz presente novamente.
É o inverno da vida...
Não existe contagem dos anos;
Nem tão pouco, experiências vividas;
Nem muito menos, sabedoria adquirida.
Apenas sentimos novamente o “pulsar” de um coração-menino, sob o domínio de uma alma inocente.
E, com a mesma velocidade com que os nossos passos vão se aproximando do poente, os pensamentos voltam em busca da nossa mocidade... E em meio às recordações e saudade, nossa alma vai revivendo tudo novamente...
Se observarmos bem um ancião, podemos notar que seus atos são quase sempre de uma criança inocente – tanto na dependência física, quanto na pureza de pensamentos. Prova maior, de que o coração não envelhece; a alma não envelhece e mais, a criança que fomos um dia, está sempre presente em nós.
Nem todos tem o privilégio de chegar a idade de ser um ancião. Muitos se vão ainda na meia idade, outros de maneira prematura e ainda tem aqueles que, não se sabe porquê, já nascem sem a dádiva da vida.